Será que planejar dói?

Acompanhando os relatos sobre a CPTM no Twitter, não pude deixar de notar essa sequência de acontecimentos, informada pelo Rodrigo Vazquez, quanto ao funcionamento do serviço no final desse sábado (03/10). Acompanhem as mensagens deixadas por ele:

"Nota zero para o METRÔ e CPTM. Devido as obras de expansão, muitos ficaram ilhados na LUZ, por causa da lentidão dos trens.
Os trens chegaram a ficar parados entre uma estação e outra por mais de 30 min às 23h30. Esse horário não tinha ninguém nas obras.
E por falta de organização, o METRÔ não estendeu o seu horário de funcionamento. Assim muitos ficaram presos na LUZ sem ter para onde ir.
E parece que será assim até o fim do ano que vem, onde nossas autoridades prometem terminar parte das obras.
Eleição vêm aí e nossos políticos querem fazer tudo as pressas. Falta de organização geral.
Funcionários da CPTM não sabiam se explicar. Simplesmente queriam botar todos fora da estação à 1h. Como se não fosse uma região perigosa.
Graças a um dos GCM ele aguardou na porta da estação até que alguns conseguissem carona para ir embora.
E outros tiveram que dormir por lá mesmo até às 4h30, horário de funcionamento do metrô.
Deixo aqui minha indignação. Já que as obras estão em andamento, o METRÔ podia estender seu horário de funcionamento."

Percebam que a falta de planejamento ainda impera nos sistemas da CPTM e do Metrô. Se as obras precisam ser executadas (mesmo que seja para atender os prazos eleitorais, ou sejam eles quais forem) que sejam PLANEJADAS sem prejudicar os usuários de seus sistemas, seja que dia ou hora que elas ocorram.

Isso implica em (ao menos tentar) manter os níveis de serviço estáveis, em qualquer horário, seja dentro ou fora do horário de pico. Uma das maiores reclamações dos usuários da CPTM é justamente essa falta de estabilidade nos horários. Em um dia, os trens obedecem os intervalos padrão, mas em outros, eles não tem nenhum horário pré-definido. CPTM, será que você algum dia ainda sai dessa?